sexta-feira, 18 de julho de 2014

Jurista propõe movimento para acabar com a reeleição de políticos

RIO - E se nenhum político pudesse se reeleger no Brasil? A ideia já tem aprovação de pelo menos 5,5 mil pessoas na página no Facebook do movimento “Fim do Político Profissional”. Para Luiz Flávio Gomes, professor, jurista, ex-promotor e idealizador dessa ideia, a possibilidade de se reeleger é um caminho para corrupção e só a pressão da sociedade pode tornar a ideia em uma lei de iniciativa popular, assim como aconteceu com a Lei da Ficha Limpa em 2010.



O que é o movimento "Fim do Político Profissional"? 

É um movimento, antes de tudo, de indignação. O que pretendemos é limitar as reeleições dos políticos e que, desta forma, eles não fiquem se reelegendo eternamente, como é o caso do José Sarney. A reeleição cria a necessidade da corrupção porque reeleger-se custa muito caro. A iniciativa também é contra a perpetuação da corrupção por meio das famílias dos políticos. Afinal, ainda que um político não se reeleja, ele pode perpetuar os esquemas de corrupção por meio dos familiares.

Página oficial do movimento: www.fimdopoliticorofissional.com.br
De que maneira estas ideias podem virar realidade?
Por meio de uma iniciativa popular, como o foi o caso da Ficha Limpa. Agora, precisamos somar energias e, por isso estamos buscando movimentos com iniciativas parecidas, que querem limitar os mandatos políticos e exigir que os políticos continuem exercendo suas profissões originais. Um político não pode deixar a profissão em que atua. Se ele é médico, deve continuar atuando como médico, se é advogado, deve continuar atuando como advogado e etc, porque ele não pode se perpetuar como político, é uma ocupação cívica passageira.
Mantendo a profissão, o político não estaria se dedicando menos ao serviço público?
Hoje em dia, não é preciso estar lá em Brasília sempre. Você pode trabalhar e opinar por internet, a tramitação dos projetos é toda digital. Manter a profissão é importante porque o político não pode perder a conexão com a vida das pessoas e deve lembrar que a política é sempre passageira, só quem permanece são os funcionários burocratas do Estado. O político deve atuar dando uma contribuição temporária, é um serviço público e querermos cortar as mordomias, privilégios.
De que maneira a Lei da Ficha Limpa serviu de inspiração para esta iniciativa?
Lei da Ficha Limpa foi um exemplo fantástico de democracia direta no Brasil. Demorou cerca de três a quatro anos, foi difícil, mas conseguiram tornar a ideia em uma realidade. Todo mundo dizia que seria impossível, mas no final os políticos acabaram aprovando a lei por pressão da sociedade. Se não nos envolvermos, o Brasil não muda.
Quais são os próximos passos?
Vamos delinear o projeto nos próximos 60 dias com as entidades com quem já estamos nos comunicando. Depois, vamos precisar criar uma massa de apoio muito forte, porque são necessárias um milhão de assinaturas para criar uma lei de iniciativa popular como esta. Além disto, toda reforma política tem que ser aprovada um ano antes das eleições, então temos até outubro de 2015 para lutar, se quisermos ver esta lei valer nas eleições de 2016.
Fonte: Jornal o Globo, por RAFAELA MARINHO.
Publicado também no Jusbrasil por Luiz Flávio Gomes, professor, Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).

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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Bíblia - Manual de Gestão

​Versículo:
Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.
1 Coríntios 1:10

Pensamento:
Se pessoas nas nossas congregações vão aprender a viver em paz umas com as outras, os líderes das igrejas têm que nos lembrar da importância de viver assim. A oração de Jesus antes da sua morte foi para que fôssemos um. Por quê? Para o mundo saber que o Pai O tinha enviado. A união não é apenas importante, é essencial; não é apenas uma teoria ou teologia, como uma prática diária entre o povo que declaram Jesus como Senhor.

Oração:
Senhor Jesus, o Senhor apresentou todas as minhas orações ao nosso Pai e eu lhe agradeço por esta graça. Prometo que farei tudo que posso para trazer glória ao nosso Pai, viver em paz e servir em unidade com aqueles que pertencem a Ti. Por favor, abençoe a nossa igreja com mais paixão pela união que o Senhor deseja. Em nome de Jesus e através do bendito Espírito Santo eu oro. Amém.​

www.iluminalma.com.br
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Uma dica para o seu negócio
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Estou há algum tempo escrevendo um livro relacionado com a minha formação, usando conteúdos da Bíblia para mostrar que antes mesmo que a Administração tomasse forma através do desenvolvimento das organizações, ela já era praticada. 

O apóstolo Paulo iniciou o seu ministério poucos anos depois do ministério de Jesus, ambos na primeira metade do primeiro século da era cristã. O versículo citado acima está na carta escrita no ano 56 d.C, carta que ele enviou à Igreja da cidade de Corinto, hoje ainda chamada Corinto, no Sudeste da Grécia, na Europa. Ao escrever essa carta Paulo estava ensinando algo que é era o fundamento do que Cristo viveu e pelo que Ele morreu, o AMOR; Paulo falava de união que é a base do amor. Quem não ama não consegue se relacionar respeitosamente, valorizando o relacionamento com as outras pessoas.

Este versículo nos dá pelo menos quatro lições a seguir, e isto vale para os empresários e líderes de qualquer tipo de organização:

1) a comunicação não pode ter "ruídos" senão os resultados esperados não serão alcançados. "Falar a mesma coisa", a mesma linguagem é legítimo se a base da fé é a Bíblia, a Palavra de Deus. Esta mesma Bíblia pode ser empregada nas organizações lucrativas (empresas) ou não lucrativas, além dos procedimentos operacionais desenvolvidos para alinhar as ações dos colaboradores;

2) foco no(s) mesmo(s) objetivo(s). 
- Se os discípulos de Jesus se separassem após a morte e ressurreição de Jesus e a sua ascenção ao céu, o que seria do evangelho de Cristo?
Os objetivos de cada discípulo não poderiam se sobrepor aos objetivos do ministério de Cristo, porém a recíproca é verdadeira, da mesma forma os objetivos organizacionais devem se sobrepor aos objetivos pessoais;

3) A missão dentro da igreja ou dentro de qualquer organização não pode ser realizada se houver divisão. A missão é definida de forma bem simples como "a razão da existência" da organização.
- Para que a Igreja existe? ou Qual é a sua missão? 
A mesma pergunta deve ser feita aos colaboradores das organizações e aos seus administradores.
A missão determinada por Jesus de "ir por mundo e pregar o evangelho a todas as pessoas" não seria realizada se houvesse divisão entre os membros das igrejas "plantadas" por Jesus e pelos discípulos que vieram após Ele.

4)  Unidos em tudo
O Conceito de Organização, que pode ser encontrado em outra postagem neste blog, é: "
Organização são duas ou mais pessoas trabalhando juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um conjunto de objetivos. Isto está em todo e qualquer livro de Teoria Geral de Administração. A Bíblia já ensinava isto ... é só ler o versículo em questão e muitos outros, ou melhor, ler toda a Bíblia.

Quando lecionei "TGA - Teoria Geral de Administração" na Faculdade usei, em várias ocasiões, dois exemplos: o da máquina de escrever que faltava a letra "A" e o do buraco na parede ... vou explicar; a falta da letra "A" CUS  UM GRNDE PROBLEM N DIGITÇO DE UM DOCUMENTO, assim como um buraco na parede de uma construção completamente acabada, denota uma falha, uma disfunção, além do que tira o propósito, o objetivo da construção da parede; assim é a organização em que um colaborador não se alinha com os demais na forma de pensar a organização ou contrariando o juizo feito pelos demais colaboradores sobre determinado tema ou decisão no qual ele está também inserido. Aqui nós vemos a importância de cada um de nós na vida de uma pessoa ou no dia-a-dia das organizações das quais fazemos parte.

Isto é só um pouquinho do que podemos aprender com a Bíblia. Ela é a palavra de Deus renovada todos os dias para aplicação na nossa vida diária, em casa, gerindo a nossa empresa e as nossas relações e na gestão da igreja e das organizações em geral.

As quatro lições apresentadas giraram em torno dos seguintes temas:
1. Organização
2. Missão das Organizações
3. Objetivos
4. Relacionamento Interpessoal
5. Comunicação
Alguns destes temas já estão postados aqui no blog. Faça uma busca e leia um pouco mais.

Abraços,

Nerisvalson.

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Paraísos Fiscais - Mecanismo de sonegação fiscal

O site de economia “Carta Maior” divulgou em maio de 2013 uma reportagem feita por Marcelo Justo, em que o autor apresenta 100 grandes empresas com ações representativas da Bolsa de Valores de Londres que atuam nos paraísos fiscais, numa onda de evasão de impostos e de sonegação fiscal.
Segundo o autor,
a mecânica da evasão e sonegação fiscal varia de acordo com o sujeito – indivíduo, banco, multinacional – mas o objetivo é o mesmo. No caso das corporações, as subsidiárias em paraísos fiscais servem para distorcer a estrutura de preços internos das empresas, um mecanismo de longo alcance já que, segundo a OCDE[1], 60% do comércio internacional ocorrem entre multinacionais. “Suponhamos que uma empresa multinacional opera em um país X com um imposto corporativo de 30%. A empresa pagará menos impostos quanto menos lucro tiver. De maneira que contratará, a preços inflacionados, serviços legais ou financeiros ou de promoção de suas próprias subsidiárias instaladas em distintos paraísos fiscais onde pagam muito menos impostos”, explicou à Carta Maior John Christensen, diretor de Tax Justice International.

A reportagem cita como exemplo a Starbucks, empresa multinacional reconhecida por sua imensa, senão, a maior cadeia de cafeterias do mundo:
“Starbucks não paga impostos sobre seus rendimentos porque, segundo dizem, ‘não tem lucros contábeis’. E não tem porque suas empresas locais, de propriedade e administração de Starbucks, pagam uma empresa de Starbucks fora do país uma quantidade sideral pelo direito de usar o nome Starbucks. Ou seja, Starbucks paga a Starbucks pelo uso do nome Starbucks”.
Conforme o economista chileno José Gabriel Palma, mencionado na reportagem, essa prática é perfeitamente legal na legislação tributária do Reino Unido.

A reportagem destaca ainda que segundo o informe da ONG ActionAid, existem no Brasil cerca de 311 subsidiárias dentre as empresas citadas e que as 100 empresas mencionadas têm forte presença nos países em desenvolvimento.


[1] OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

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